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Por Alexandre Costa*
Foto: Alair Pedro Goçalves|O Dono do Apito
Patrocínio está colhendo frutos importantes com a campanha do CAP na 1ª Divisão do Campeonato Mineiro. Acompanhando de longe, pois resido atualmente em Mato Grosso, da muito orgulho de ver a camisa grená sendo estampada nacionalmente como uma referência importante do futebol do interior mineiro. Recebi muitas mensagens de amigos que assistiram os "gols do Fantástico" e se deliciaram com a brincadeira de Tadeu Schimidt sobre o uniforme do Patrocinense.
Mas o que quero destacar é o quanto o esporte divulga uma cidade. Patrocínio é reconhecidamente um dos pólos mais importantes na produção de café no mundo. Tem ainda um destaque nacional da música, Lucas Lucco, que sempre lembra de suas origens. Sem dúvidas, são muitas as referências nacionais da pujança do município. Porém, com o futebol é diferente.
Enfrentar América, Atlético e Cruzeiro deixa a cidade em evidência pelo menos nessas três oportunidades. É momento de receber ou visitar os grandes clubes de Minas. Tenho certeza que muitos jogadores sonhavam em enfrentar essas equipes, em pisar nos gramados de Independência e/ou do Mineirão. Sonhos estão sendo realizados, inclusive os dos patrocinenses que desde 1994 não viam a equipe na primeirona.
Passa um verdadeiro filme na cabeça quando, ao lado do meu filho, assisto as partidas pelo Premiere. Conto a ele sobre os jogos em que entrávamos em campo de mãos dadas com os jogadores. Lembro-me muito fielmente quando entrei em campo ao lado do zagueiro Alexandre, meu xará... que, aliás, tive a oportunidade de jogar junto com ele poucos anos depois. Vi de perto Renato Gaúcho, Ronaldo Fenômeno, mas tava ligado mesmo é nos craques do patrocinense. Tenho fotos ao lado de pessoas que marcaram a minha infância como Gulina, Brandão, Paulo Alan, Niquinha (outro com quem joguei posteriormente), Dudu, entre muitos outros.
Porém, uma cena me marcou durante o jogo entre Galo e CAP. Quando a câmera focou na torcida que estava no Independência pude ver a alegria incontida de Eustáquio Amaral. Olhos vidrados no campo, um contagiante sorriso... Digo isso porque sei que os últimos anos reservaram duros golpes a ele. Amamos a família, pois o carinho com o qual sempre nos tratam não merece sentimento diferente. O futebol é capaz de aliviar sentimentos massacrantes e é isso o que o CAP está fazendo, trazendo de volta o orgulho de dizer que somos de Patrocínio. Que o time se espelhe na imagem de Eustáquio: mesmo doendo, mesmo sofrendo, sempre há esperança, sempre cabe um sorriso. Que Jesus abençoe todos.
*Alexandre Costa é publicitário, professor universitário e jornalista.